quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A menina entra

Às vezes vejo uma menina muito pequenina que envolve tudo à sua volta com um brilho no olhar... tem um desejo muito forte dentro dela, mas não é por palavras que o manifesta. Há qualquer coisa nessa sua presença, talvez uma linguagem poderosa e essencial que não se deixa rodear pela articulação organizada de sons nem pela fala. É um animal selvagem, um ser de liberdade... nasceu livre é livre

... um trovão rasga o céu negro e os relâmpagos acendem-se, ligam pontos invisíveis com fios de luz tão caóticos como a tempestade interior ...
Aquela menina não hesita, uma força maior vinda de dentro, fundo da vontade mais pura faz com que se entregue à escolha ... isso implica a responsabilidade pelo seu acto de vida. Ela sabe que não há regresso nesta estrada. Outros regressos há, mas não nesta estrada
Então, decidida, respira fundo, pega no trambelho velho e ferrugento, dás uns passos em frente e entra pela porta adentro

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