segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Nutrição

Nunca tive grande interesse pela cozinha nem pelos cozinhados, isto apesar de gostar muito de comidas saborosas. Sempre que podia lá ia eu experimentar um novo restaurante vegetariano ou provar comidas "diferentes", de outros países, sempre cheia de curiosidade em descobrir novos paladares.
Em Agosto decidi-me aventurar na cozinha. Comprei a revista Cozinha Saudável & Vegetariana e, quase sem dar por isso, fui-me entusiasmando com o cozinhados! De início não arriscava confeccionar pratos que me pareciam mais complicados, mas, aos poucos fui experimentando, provando, tentando... até hoje! Agora é raro comer fora, já quase nem o faço ao fim de semana. Tenho um enorme gosto em sentar-me a "programar" os pratos, depois ir procurar os ingredientes aqui e ali e ir para a cozinha recriar! Claro que comer aquilo que fiz é um momento muito especial, especialmente porque levar à boca aquilo que nos saiu das mãos não tem preço.
Hoje em dia parece que tudo já sai pronto e acabado de algum sítio que nos é desconhecido. É como se que não tomássemos contacto com partes essenciais à nossa existência. Parece que nem estamos interessados, com tanta coisa que nos dispersa, nos ocupa.
Ultimamente tenho-me libertado em inúmeras actividades criativas. Cozinhar, afinal, também não foge à regra... é uma arte muitíssimo criativa que não só alimenta o corpo, como também é uma forma de nutrir a alma. Outra verdadeira surpresa!

2 comentários:

Anónimo disse...

"Hoje em dia parece que tudo já sai pronto e acabado de algum sítio que nos é desconhecido."

Nos ultimos dias pensei exactamente nisto que escreveste. A comida chega-nos ao prato e nem temos tempo nem disponibilidade para pensar no que estamos a comer... e muito menos na sua origem e restante processo bem angustiante que alguns seres vivos têm de sofrer para chegar ao prato de tanta gente que nem se apercebe das implicações que pedir um bitoque acarreta.

Anseio por estar mais consciente... mais presente... mas vejo-me constantemente empurrado e totalmente entregue a movimentos automáticos rotineiros. Quando dou por mim a energia dispendida nesse corropio foi tanta que não me resta nenhuma para parar e sentir.

Manuel

... infinitoos particulares ... disse...

Nem sempre é fácil conciliar aspectos aparentemente tão díspares, mas tudo está ligado, tudo é um. Querer é poder!
Tomar consciência é já um grande passo para a mudança.